Quem pode ser Teológo?

Esta é uma indagação que permeia a mente de qualquer seminarista: mas afinal de contas, o que é um Teológo?
Olha, eu sei que este é um terreno muito arenoso e perigoso de se trilhar, tendo em vista as polêmicas que giram em torno dete tema. No entanto, eu me arrisco a, humildemente, expor alguns pensamentos acerca disto.
Se formos pensar no termo técnico da palavra, Teólogo é todo aquele que conseguiu um alto grau (Mestrado e/ou Doutorado) nos estudos de Teologia (Ciência de Deus). Pois bem, esta é uma possibilidade de resposta. Não obstante, permita-me interpretar esta palavra por um outro ângulo.
Nas palavras de Leonardo Boff, Teológo é todo aquele consegue dar respotas Bíblicas aos problemas do dia a dia. Ou seja, aquele que consegue analisar a realidade contemporânea à luz da Palavra e dar soluções teórico-práticas ao caos social é também um Teológo.
O estudo de Deus está intimamente ligado ao estudo do homem e do seu habitat natural - A Terra. Não podemos falar em Deus sem falar da realidade concreta que nos rodeia. Portanto, "teologar" é meditar em Deus por meio de Sua Palavra estando ancorados em nosso momento sócio-terrestre buscando engajar-se na aplicação de medidas de tranformação.
É por isso que podemos dizer que a Teolgia que emana de uma leitura correta das Escrituras e da realidade concreta se faz denunciadora do caos social.
Assim, todo aquele que, com uma Bíblia (interpretando-a da forma correta) em uma mão e o jornal do dia na outra, pode ser um(a) teólogo(a).
Não estou dizendo que um é mais importante que o outro (O Teológo técnico e o Teológo popular). Na verdade os dois se complementam. Um necessita do outro. O técnico precisa da sensibilidade aplicativa do popular e este vive da pespicácia cognitiva do técnico.
Louvado seja o Senhor pela Sua diversidade de Dons!

Espiritualidade sem Deus?

É isto mesmo! É o que um Filósofo francês (não me recordo) está querendo mostrar em seu mais novo livro lançado no Brasil. Ele tenta comprovar que não precisamos de Deus para sermos felizes. Mas espera aí, isto é possível?
Bem, antes de responder eu quero dizer de ante mão que devemos desconfiar logo de início de um Filósofo que tenta construir a sua visão de mundo subtraindo Deus dela, pois como disse Santo Agostinho, a mente deste cidadão está anuviada (nublada), não conseguindo, portanto, interpretar o mundo e a realidade de forma plena.
Por Espiritualidade entenden-se como sendo o desenvolvimento da nossa vida como um todo - emocioal, social, espiritual e fisicamente falando. Ou seja, todo homem pode crescer em sua espiritualidade.
Não obstante, não podemos sequer imaginar que seja possível o homem vivenciar verdadeiramente uma espiritualidade saudável sem Deus.
O próprio Deus foi quem soprou em nós a vida (o fôlego natural) e quando nos salvou das trevas soprou em nós o Seu Espírito (o fôlego Espiritual); e Seu Espírito é quem energisa a nossa existência dando-lhe real sentido.
O Criador é o Autor da vida. Fora dele não pode existir vida no sentido mais profundo da palavra. A felicidade e o gozo consistem em conhecermos a Deus por meio de Seu Filho, e prosseguirmos neste conhecimento (relacionamento), sendo capacitados pelo Espírito para realizar isto.
Assim, sem Deus só existe desespero e angústia. O homem "natural" tateia buscando entender o mundo ao seu redor. Mas como disse João Calvino, este homem só consegue ter lampejos da verdade. O real sentido do universo é Seu Criador - Deus!

Um Ano Novo mas não com tudo novo

Sempre que se aproxima um novo ano, criamos a expectativa de que novas possibilidades de vida podem acompanhá-lo.
Sem dúvida novas perspectivas de vivência sempre se fazem presentes em nossas vidas. Vivenciar novos momentos e níveis maiores de gozo e paz são promessas de Deus e de Seu Reino o qual já se faz presente em nosso meio.
No entanto, eu quero pensar de um outro ângulo de obervação: o da realidade. Não me interpretem como sendo um pessimista ou desencantado com um melhor futuro para o mundo. Porém, mais um ano irá entrar e muita coisa ainda estará do mesmo jeito, pois a Igreja de Cristo ainda anda a passos lentos, não conseguindo enxergar-se da forma correta nem tão pouco desenvolvendo ações trnaformadoras no Poder do Espírito de Deus.
Portanto, eis a realidade que ainda persiste em existir:

A realidade das guerras
A realidade da fome
A realidade do divórcio
A realidade da solidão
A realidade do materialismo
A realidade da falta de visão do Reino de Deus
A realidade da apostasia
A realidade da superficialidade nos relacionamentos
A realidade...

Enfim, esse é o "novo" ano que nos espera. Um mundo ainda permeado por contradições.
Cabe a nós, como povo de Deus, fazer o que estiver ao nosso alcance para reverter um pouco desta triste realidade.
O próximo ano pode ter melhores possibilidades se, tão somente, soubermos o que de fato siginifica um melhor ano.